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Medicina

Entenda a relação entre ivermectina e hepatite medicamentosa


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Apesar de ainda não existir nenhuma comprovação científica sobre os benefícios da ivermectina no combate à Covid-19, o antiparasitário tem sido usado de forma indiscriminada país afora. Seja recomendado por um médico, nos kits Covid, ou por conta própria, adquirido no balcão da farmácia, muitas pessoas têm tomado o medicamento acreditando que ele pode prevenir a infecção provocada pelo novo coronavírus.

César Carranza, infectologista do Hospital Anchieta de Brasília, alerta que a dosagem do medicamento, quando é seguido o que está prescrito em bula, corresponde a 0,2 mg por quilo, ou seja, uma pessoa de 60 kg deveria tomar 12 mg, no máximo, três vezes durante um tratamento. “As pessoas estão usando de forma contínua por duas semanas, o que configura overdose. A dose normal é muito inferior à que está sendo utilizada”, afirma.

O consumo exagerado pode resultar em hepatite medicamentosa, uma grave inflamação do fígado causada pelo uso prolongado de medicamentos que causam irritação do órgão. A hepatite medicamentosa não é uma doença contagiosa, sendo causada somente pelo uso de substâncias que prejudicam o funcionamento do fígado.

Carranza explica que o órgão é responsável pela desintoxicação de tudo o que é ingerido por via oral antes de ser liberado para o sangue. A quantidade alta de ivermectina (ou outro remédio) acaba lesionando as células do fígado e, em casos mais graves, pode resultar na falência de parte dele. Quando o órgão não funciona bem, os níveis de toxinas no organismo aumentam e, em casos mais graves, causam até comprometimentos neurológicos.

“Os primeiros sintomas são mal-estar, fadiga, dor no quadrante superior direito da barriga, náusea, enjoo e coloração amarelada da pele e dos olhos. Isso demonstra que o fígado não está conseguindo metabolizar”, diz Carranza. Dependendo do nível de comprometimento, pode ser necessário fazer um transplante para sustentar a vida do paciente.

 

Fonte: www.metropoles.com

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